terça-feira, 27 de novembro de 2012

O dia em que a educação ficou de luto...


O dia em que a educação ficou de luto...

            Uma olhada rápida nas redes sociais me fez saber da situação no domingo. Na segunda pela manhã, a confirmação: o caso era sério.

Na terça-feira, a notícia chegou logo cedo, na manhã chuvosa. Um telefonema e a triste verdade: Ela não estava mais conosco.

            O dia perdeu a graça de repente. Tudo parecia cinza e sem gosto. A chuvinha fina e persistente contribuía para aumentar a melancolia do ocorrido.

            Fui ao velório e reencontrei velhos conhecidos. Mas a alegria do reencontro não era maior que a tristeza do fato que nos reunia ali.

            Como num desfile cronometrado, parentes, amigos, alunos e muitos, muitos ex-                       -alunos davam seu último adeus à mestra tão querida e amada.

            Não fomos só nós que perdemos alguém tão importante. A educação perdeu uma figura insubstituível, inigualável. Para sempre, hoje será lembrado como “o dia em que a educação ficou de luto”.

            Seu sorriso, suas frases, seu jeito de ensinar, com tanto amor, com tanto entusiasmo. Seu jeito acolhedor e personalizado para com cada aluno jamais será esquecido por quem, por pelo menos uma vez, assistiu a uma aula sua.

            Assim como os heróis que aprendemos a gostar em suas aulas, hoje Neuza entra para a História. Será para sempre lembrada em nossos corações. Pessoa íntegra, verdadeira, que tanto contribuiu para nossa Educação.

            Hoje, não perdemos somente uma amiga, não perdemos somente uma professora, perdemos um bem inestimável, uma inteligência inigualável, uma força inquebrantável.

            E é por isso que hoje será lembrado como “o dia em que a educação ficou de luto”.

Descanse em paz, Neuza...

Saudades,
Antônio Pedro de Souza.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012


A LAGOA DE VESPASIANO...
Apareceu assim, como quem não quer nada, uma lagoa. Uma lagoa mesmo... dessas que fazem a gente afundar, dessas que pra atravessar tem que ter barco e coisa e tal.
Vocês podem até dizer que isso é coisa de Deus e que a gente devia ficar agradecido e pronto. Até poderia, se fosse uma lagoa natural. O problema é que é uma lagoa artificial, dessas feitas pela mão do homem mesmo.
Vocês podem até dizer que em Belo Horizonte tem uma assim, a Pampulha, feita pelo homem e que virou cartão postal da cidade. Até poderia, se esta (a de Vespasiano), não tivesse sido feita pela incompetência da administração pública...
A lagoa de Vespasiano surgiu assim, do nada, no meio da rua. Uma rua nova, aberta dois meses atrás, no auge da campanha política... Na ocasião, a prefeitura fez uma ponte por cima de um córrego e ligou os bairros Maria José e Bernardo de Souza. Que alegria! Não precisávamos mais dar uma volta de quase meia hora entre um bairro e outro. Agora, ir à escola, ao trabalho ou simplesmente passear não levava mais que cinco minutos.
Mas a alegria durou pouco. E com as primeiras chuvas, a rua nova, não encontrou vazão e acumulou a água bem no meio. De um lado, a Escola Maria Aparecida Barros Santos, do outro, a Escola Cacilda Passos Bastos, atrás, a ponte que leva ao bairro Maria José e ao bairro Jardim Daliana e na frente, a entrada para os bairros Serra Dourada e Bernardo de Souza.
Tudo lindo, tudo perfeito. O problema é o meio. Bem no meio, a lagoa. Grande, imponente, inviabilizando a ligação entre as partes citadas...
Antônio Pedro de Souza

terça-feira, 6 de novembro de 2012

A política e a casa da Mãe Joana
A política, infelizmente, há muito virou uma verdadeira Casa da Mãe Joana. Todos fazem o que querem, a hora que querem e dane-se o mundo.
Há exatamente um mês, tivemos eleições para prefeito e vereador em todo o Brasil. Candidatos disputaram, com unhas e dentes os votos de cidadãos jovens, adultos e idosos.
Durante a campanha, prometeram mundos e fundos: de dentaduras a concursos públicos.
Passado um mês do pleito, os candidatos já se esqueceram das promessas. E olha que a posse só ocorre em janeiro.
Para os prefeitos reeleitos, fica ainda mais fácil esquecer-se das promessas, afinal, além de permanecerem no poder por mais quatro anos, não poderão candidatar-se daqui a quatro anos, ou seja: Não precisam cumprir nada e nem precisam prometer mais nada daqui a quatro anos, pois não poderão concorrer nas próximas eleições.
Mas o mesmo pode se aplicar a vereadores. Mesmo podendo concorrer às próximas eleições, muitos já esqueceram do que falaram na campanha e outros, pensam até em desistir do cargo de vereador e voltar a assumir cargos em secretarias das cidades em que atuam...
É... assim fica fácil. Candidatos fazem campanhas carnavalescas e faraônicas para, depois, simplesmente dizerem: vou continuar secretário(a) disto ou daquilo, pois me sinto melhor assim.
E o eleitor lá, com cara de trouxa, ao saber que mais uma vez foi passado para trás e que quem vai assumir a vaga do candidato que ele escolheu é um suplente que ele nem sabe quem é.
Voltando a prefeitos, em algumas cidades, concursos públicos foram simplesmente suspensos por “problemas no edital”. Será isso, ou será que tais concursos não passavam de “promessa de eleição”. Se assim for, os candidatos aos concursos podem sentar para não cansar. Afinal, promessa eleitoral , todos sabem, não é cumprida!!!
                                                                                  Antônio Pedro de Souza