terça-feira, 27 de dezembro de 2016

As Melhores Novelas Exibidas Na TV Brasileira Em 2016 – Entre Inéditas e Reprises

Anjo Mau, Laços de Família, Carinha de Anjo, Escrava Mãe e Êta, Mundo Bom! foram destaques entre inéditas e reprises

Ano foi turbulento para os principais horários, mas trouxe agradáveis surpresas em muitas faixas
O ano de 2016 está chegando ao fim e, a exemplo de 2015, o Blog APS lista abaixo as principais novelas exibidas na TV Brasileira – aberta e fechada, entre títulos inéditos e reprises.
22ª - A Usurpadora (Reprise) – SBT
A novela mexicana de grande sucesso no Brasil foi anunciada mais uma vez para 2016. Embora tenha causado alvoroço quando o anúncio foi feito, não atingiu a audiência esperada e será editada para terminar mais cedo. Mesmo assim, é uma obra que vale a pena ser revista...
21ª – Sila, Prisioneira do Amor (Inédita) – Band
Novela turca exibida pela Band, não manteve o interesse dos espectadores que sua antecessora, Fatmagül, criou. Mesmo assim, vale pelo diferencial da trama e da aposta da emissora em voltar a exibir novelas – mesmo que não sejam produzidas no Brasil, como as suas concorrentes fazem.
20ª – Mulheres de Areia (Reprise) – Viva
A novela é ótima, mas há um porém: o número de reprises em poucos anos. Sucesso entre 1993 e 1994 na Globo, foi reprisada duas vezes no Vale a Pena Ver de Novo, sendo a última em 2012. Assim, quando estreou no Viva, ainda tínhamos a impressão de que “vimos esta novela ontem”. Mesmo assim, não fez feio e valeu a pena rever o embate entre Ruth e Raquel. Além do Tonho da Lua e suas esculturas de areia. Só pra constar: a Rutinha é boa...
19ª – Meu Bem, Meu Mal (Reprise) – Viva
Excelente novela, mas que se torna confusa com o passar do tempo – e os problemas técnicos que ocorreram durante sua produção. Valeu a reprise pelo tempo em que a obra ficou fora do ar. E a cena final é de encher os olhos e os ouvidos.
18ª – A Regra do Jogo (Inédita) – Globo
Cerca de um ano depois de o personagem vivido por Alexandre Nero morrer no último capítulo de Império (2013/2014), outro personagem defendido pelo ator morria no desfecho de A Regra do Jogo (2015/2016). A crítica não gostou da novela, o público torceu o nariz e eu... adorei! Sério, mesmo! Não foi o melhor título de João Emanuel Carneiro, mas achei uma trama excelente, cheia de reviravoltas, mistérios e com uma trilha sonora que casava com as cenas. Pena não ter feito sucesso.
17ª – Fatmagül (Inédita) – Band
Outra novela turca exibida pela Band, Fatmagül não fez feio. Conquistou o público cansado de ver matérias sobre escândalos políticos que pipocavam nos jornais exibidos no mesmo horário.
16ª – Malhação: Pro Dia Nascer Feliz (Inédita) – Globo
A atual fase de Malhação começou despretensiosa, com paisagens atraentes e sem uma grande tragédia, como aconteceu na temporada anterior. No entanto, a trama vem crescendo nos últimos meses e agradando ao público. Com o fim previsto para abril, tem tudo para ser uma das temporadas mais agradáveis da tradicional novela juvenil da Globo...
15ª – Haja Coração (Inédita) – Globo
A crítica torceu o nariz para o final, o público torceu o nariz para o final... e eu gostei! De novo!!! Achei que a Tancinha fez a escolha certa ao ficar com Apolo no fim da trama. Leve, despretensiosa e uma releitura do clássico Sassaricando, Haja Coração foi uma das agradáveis surpresas de 2016.
14ª – Pai Herói (Reprise) – Viva
Novela com texto e fotografia impecáveis. O lançamento no Viva coincidiu com o lançamento em DVD da obra de Janete Clair e, embora tenha sido produzida no fim da década de 1970, apresenta um ar mais “clássico” que outra obra de Janete do começo daquela década: Irmãos Coragem que, mesmo em preto e branco, apresentava tramas mais ágeis e “modernas” para a época. Pai Herói é, simplesmente, uma delícia de novela, daquelas gostosas de se acompanhar, capítulo a capítulo. Ótima escolha da emissora.
13ª – A Gata Comeu (Reprise) – Viva
Trama ágil e divertida do meio dos anos 1980, A Gata Comeu é uma refilmagem de Barba Azul, exibida em 1975, na TV Tupi. A própria autora, Ivani Ribeiro, assinou a refilmagem. A última vez em que foi exibida na TV brasileira foi em 2001, no Vale a Pena Ver de Novo (Globo). Vale a pena rever pelo texto, elenco e trilha sonora.
12ª – Torre de Babel (Reprise) – Viva
Ótima trama policial de Sílvio de Abreu exibida em 1998 (e nunca reprisada no Brasil até agora), Torre de Babel segue a linha adotada pelo autor em A Próxima Vítima (1995), porém com mais polêmicas e problemas que a antecessora. Na época, o público não gostou do excesso de violência exibido nos primeiros capítulos e a trama perdeu audiência. Depois de reformulada, ganhou novo fôlego mantendo sucesso até o fim. O grande mistério da novela é descobrir quem explodiu o Tropical Tower Shopping, popularmente chamado de... “Torre de Babel”.
11ª – Malhação 2004 (Reprise) – Viva
Quando foi exibida em 2004, tornou-se a minha “primeira” Malhação. Explico: até então, desde a estreia do programa em 1995, eu via alguns episódios e acompanhava algumas tramas. No entanto, a temporada 2004 foi a primeira em que assisti do começo ao fim ainda comprei a trilha sonora. Quando estreou no Viva, em 12/10/2015, fiquei ansioso para rever Gustavo, Letícia, Natasha e outros personagens que fizeram parte da minha adolescência. A temporada, recheada de tramas paralelas, detém o recorde do “episódio com maior audiência da história de Malhação”, ocorrido quando uma fã psicopata da Vagabanda tenta matar a personagem Letícia, empurrando-a do alto de um prédio. Valeu a pena rever os capítulos no Viva.
10ª – Malhação 2005 (Reprise) – Viva
Malhação 2004 foi a minha “primeira Malhação”, teve o episódio com maior audiência e ainda trazia a ‘Vagabanda’. Mas, para mim, Malhação 2005 foi a melhor. Entre outros motivos, foi a temporada que marcou a despedida do carismático ‘Cabeção’, trouxe novos ares à república dos estudantes e tinha uma trilha sonora inesquecível. Quando foi exibida originalmente, em 2005, a novela completava 10 anos no ar, e a Globo lançou o CD Malhação 10 anos, com as principais músicas nacionais do programa, entre elas, “Te Levar Daqui”, do Charlie Brown Jr. – tema de abertura da temporada em questão e “Assim Caminha a Humanidade”, de Lulu Santos, primeiro tema de abertura da novela. Hoje, revendo no Viva, percebo que a Betina é bem mais insulsa do que eu imaginava. Mesmo assim, continuo torcendo por ela e pelo Bernardo, já que percebi que a Jaqueline também é bem mais traíra do que eu imaginava...
9ª – Velho Chico (Inédita) – Globo
Amei esta novela. Tragédias à parte, o texto, a fotografia e o elenco formavam um conjunto que teria tudo para fazer de Velho Chico um fenômeno de audiência, mas o público não aprovou a segunda fase, que só engrenou após vários ajustes. Ainda assim, Velho Chico foi uma das melhores tramas do ano, com uma trilha sonora que tinha tudo a ver com a história. Infelizmente, duas mortes afetaram a produção: a do ator Umberto Magnani, no princípio da trama, e a do ator Domingos Montagner, a menos de um mês do encerramento do folhetim.
8ª – Rocky Story (Inédita) – Globo
A nova trama das sete mistura música, romance policial e amor em nuances que a deixam ágil e leve. Do drama da moça que tenta escapar de traficantes internacionais (sem imaginar que a própria irmã é a mandante de tudo) ao cantor que tenta provar a autoria de uma música, incluindo o encerramento de cada capítulo, em que os personagens são “transformados” em capas de discos, Rocky Story é uma das melhores novelas do período.
7ª – Cheias de Charme (Reprise) – Globo
Embora tenha causado estranhamento o fato de ser reprisado um título tão recente (apesar de que isso acontece com mais frequência do que imaginamos), Cheias de Chame manteve os bons índices da faixa vespertina da Globo, que havia caído de O Rei do Gado para Caminho das Índias e subido para Anjo Mau. A trama cômica e o texto leve dão o tom da história centrada nas três Marias que, de domésticas, passam a popstar.
6ª – Cúmplices de Um Resgate (Inédita) – SBT
Mais de um ano no ar não esfriou, ao contrário, esquentou o público nas noites do SBT. Baseada na novela mexicana já exibida pela emissora, Cúmplices de um Resgate mostrou o amadurecimento do SBT ao apostar em novelas infanto-juvenis. Uma aposta que deu certo!
5ª – Carinha de Anjo (Inédita) – SBT
Também inspirada em tramas estrangeiras, uma delas já exibidas pela emissora de Sílvio Santos no começo do século, Carinha de Anjo conquistou o público logo de cara! (desculpem o trocadilho) e tem tudo para ser um dos grandes sucessos da emissora.
4ª – A Escrava Mãe (Inédita) – Record
Saindo um pouco do nicho “novela bíblica”, marca da emissora e que tem dado bons resultados, A Escrava Mãe volta no tempo para uma história pré-‘Escrava Isaura’ e, só pela referência, já vale a pena ser vista. Texto, elenco e fotografia completam as qualidades.
3ª – Anjo Mau (Reprise) – Globo
Uma das reprises mais agradáveis do ano, Anjo Mau veio para elevar os índices de audiência da tarde, que haviam subido com O Rei do Gado e caído com Caminho das Índias. No começo, a reprise não decolou e chegou a ser veiculada a notícia de que a Globo anteciparia o seu fim, colocando capítulos maiores e dando uma “tesourada” para encurtar a trama. No entanto, isso só seria feito após as Olimpíadas, já que no período esportivo, a trama não era exibida todos os dias. Pouco antes, porém, o drama de Nice e Rodrigo reconquistaram o público, a novela não foi encurtada e terminou com a audiência dentro do esperado, passando o bastão para a também bem sucedida Cheias de Charme e que, já se sabe, será substituída por outra campeã de audiência: Senhora do Destino, provavelmente, a partir de fevereiro.
2ª – Laços de Família (Reprise) – Viva
Sem dúvidas, a melhor reprise do ano! A luta de Helena para salvar a filha Camila. Os vários romances que se formaram e se desfizeram durante a trama e os diversos núcleos que transitaram da comédia ao drama, deram o tom a uma das melhores novelas de Manoel Carlos. O tempo também contribuiu: exibida originalmente em 2001/2001 e reprisada apenas uma vez, em 2005, Laços de Família ficou muito tempo longe dos fãs e, por isso, sua volta agradou demais. Uma curiosidade: com exceção de Malhação, é a primeira novela pós-ano 2000 exibida pelo Viva.
1ª – Êta, Mundo Bom! (Inédita) – Globo
Excelente texto de Walcyr Carrrasco que voltou ao horário (18h) e ao gênero (novela de época) que se tornaram marcas registradas do autor na Globo. Inspirada no filme Candinho, de Mazzaropi, a trama mostrava a luta de Candinho (Sérgio Guizé) em busca de sua mãe e, depois, a luta dos dois para se livrar das armações de Sandra, uma das grandes vilãs da novela. No ar entre 18 de janeiro e 27 de agosto, a novela teve 191 capítulos, considerada longa para o horário e manteve bons índices de audiência do começo ao fim. Algumas curiosidades valem nota: o CD com a trilha sonora foi lançado cerca de um mês antes da novela, em meados de dezembro de 2015. O ator Marco Nanini, que ficara anos como Lineu de A Grande Família, interpretou os irmãos Pancrácio e Pandolfo, sendo que Pancrácio dava vida a diversos outros personagens dentro da novela. A obra contou ainda com uma rádio novela que os personagens ouviam sempre e que o público pôde ter acesso no site da Globo. Além disso, seguindo uma tradição dos rádios e dos primeiros anos da TV, a frase “Rede Globo Apresenta... Êta, Mundo Bom!” era dita no começo de cada capítulo. Ao término do último capítulo, a frase dita foi: “Rede Globo Apresentou... Êta, Mundo Bom!”.
O autor Walcyr Carrasco também prestou uma homenagem a Mazzaropi no fim da novela.
Com personagens marcantes, trama fácil de acompanhar, mas rica em detalhes, Êta, Mundo Bom! entra para o rol das melhores novelas da TV brasileira. E, simplesmente, a melhor de 2016.
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Prévia de 2017:
Entre os títulos programados para 2017, merecem destaque Novo Mundo, prevista para o horário das 18h na Globo e as reprises de Senhora do Destino (fevereiro, no “Vale a Pena Ver de Novo”) e A Padroeira (em abril, às 19:30 e 22:30) na TV Aparecida). Vale a pena aguardar...