quarta-feira, 7 de novembro de 2012


A LAGOA DE VESPASIANO...
Apareceu assim, como quem não quer nada, uma lagoa. Uma lagoa mesmo... dessas que fazem a gente afundar, dessas que pra atravessar tem que ter barco e coisa e tal.
Vocês podem até dizer que isso é coisa de Deus e que a gente devia ficar agradecido e pronto. Até poderia, se fosse uma lagoa natural. O problema é que é uma lagoa artificial, dessas feitas pela mão do homem mesmo.
Vocês podem até dizer que em Belo Horizonte tem uma assim, a Pampulha, feita pelo homem e que virou cartão postal da cidade. Até poderia, se esta (a de Vespasiano), não tivesse sido feita pela incompetência da administração pública...
A lagoa de Vespasiano surgiu assim, do nada, no meio da rua. Uma rua nova, aberta dois meses atrás, no auge da campanha política... Na ocasião, a prefeitura fez uma ponte por cima de um córrego e ligou os bairros Maria José e Bernardo de Souza. Que alegria! Não precisávamos mais dar uma volta de quase meia hora entre um bairro e outro. Agora, ir à escola, ao trabalho ou simplesmente passear não levava mais que cinco minutos.
Mas a alegria durou pouco. E com as primeiras chuvas, a rua nova, não encontrou vazão e acumulou a água bem no meio. De um lado, a Escola Maria Aparecida Barros Santos, do outro, a Escola Cacilda Passos Bastos, atrás, a ponte que leva ao bairro Maria José e ao bairro Jardim Daliana e na frente, a entrada para os bairros Serra Dourada e Bernardo de Souza.
Tudo lindo, tudo perfeito. O problema é o meio. Bem no meio, a lagoa. Grande, imponente, inviabilizando a ligação entre as partes citadas...
Antônio Pedro de Souza