sábado, 25 de outubro de 2014

ÚLTIMO TEXTO ANTES DA VOTAÇÃO


            Este é o último texto que escrevo sobre política antes da votação deste domingo, 26/10/2014, que irá escolher o Presidente da República para os próximos quatro anos. Escrevo com amargura e com sentimento de revolta, por saber que nenhum dos dois candidatos que chegaram ao 2º turno têm condições éticas para assumir o cargo.
            Dilma e Aécio, PT e PSDB representaram nesta campanha o que há de pior na política. Foram mesquinhos, arrogantes, falsos, dissimulados. Mostraram o lado podre existente em cada um. Não foram capazes de mostrar suas reais propostas, nem de responder as indagações dos eleitores. Ao contrário: preferiram a agressão mútua, usando para isso meios escusos.
            Tanto Dilma quanto Aécio flertaram com a censura aos meios de comunicação. Ambos tentaram comprar a mídia e, quando não conseguiam resultados, a atacavam.
            Os dois extrapolaram a linha do bom senso. Os dois utilizaram de vandalismo e de terrorismo político. Os dois ameaçaram a população. E é por isso que nenhum dos dois merece apoio.
            Que um dos dois será eleito amanhã, isso está certo. Infelizmente, fomos nós mesmos, eleitores, que quisemos isso ao abdicar de uma mudança real lá no primeiro turno. Erramos ao mandar para o segundo turno a velha corja do PT x PSDB. Essa dupla que já nos dá indigestão desde o começo da década de 1990.
            Independente de quem ganhar amanhã, os próximos quatro anos serão sombrios.

Antônio Pedro de Souza, 25/10/2014

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

TUDO PARA O DIA PRIMEIRO


Há aproximadamente um ano, quando foi realizada a festa “8º Dia das Bruxas do Cachorro Louco”, marquei com os convidados e amigos para o dia 31 de outubro deste ano, a nona edição do evento. A data marcada será em uma sexta-feira. Para quem trabalha todos os dias da semana (muitas vezes até aos sábados) parece incoerente, mas, ao levar em consideração que o Halloween é comemorado exatamente em 31 de outubro, chegamos à conclusão de que esta seria a melhor data.
Ao entrarmos em 2014, vieram as expectativas sobre o Enem e o possível 2º turno das eleições. A data da festa seria mantida se não chocasse com nenhum desses acontecimentos. Para nossa felicidade, o 2º turno foi marcado para o dia 26 de outubro e o Enem para os dias 8 e 9 de novembro. Ótimo! O fim de semana de transição entre outubro e novembro seria só nosso.
Aí começaram as coisas estranhas. Sério. Aquelas coincidências malucas que só acontecem comigo – e, talvez, com mais de um milhão de pessoas, mas como eu vou saber? – Primeiro, surgiu um casamento para o dia 1º de novembro. Dada a importância do evento e a aproximação afetiva e sanguínea dos noivos, entrei em contato com os convidados do “Dia das Bruxas” e alteramos a data para 25 de outubro. Pronto. Choque resolvido.
Aí veio a comemoração da escola. Anualmente, tiramos uma data para comemorar o Dia dos Professores. Neste dia, reunimos todos os funcionários da escola em um almoço, geralmente em um sítio, com direito a piscina, bebida, etc. A data escolhida foi... dia 1º. Simples assim. Um casamento e uma festa do trabalho marcadas para o mesmo dia.
Para melhorar a situação e f*der com a agenda, é marcado um sábado letivo na faculdade!
Incrível, mas com 53 semanas em um ano, todo mundo resolveu marcar seus eventos para o dia 1º de novembro.
A data é ótima, afinal, é Dia de Todos os Santos e, pelo visto, precisarei de um milagre de todos eles para conseguir fechar essa agenda.
Só para constar: a décima edição do “Dia das Bruxas do Cachorro Louco” já está marcada para o sábado, 31 de outubro de 2015. Por favor, não marquem nada para essa data.
Agendavelmente,

APS – 09/10/2014 

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

SOBRE MACs, TALETAS E UM POUCO MAIS


Começo este texto dizendo que quero matar um computador MAC. Parece loucura, mas para nós, pobres mortais acostumados a usar os velhos PCs, que travam, pegam vírus e ficam lentos, as modernas máquinas MAC nos fazem arrancar os cabelos com tanta inovação e chatice sem fim. Pra começar, é um verdadeiro caos usar acentos e sinais especiais. O bom e velho “botão direito” do mouse não existe, mas é acionado por uma série de comandos! Aliás, um dos grandes problemas são os comandos: são os mesmos do PC, mas são diferentes! Entendeu? Nem eu.
Na minha “lista da morte”, incluo o programa InDesign. Ele é utilizado na elaboração de Boletins, Jornais, entre outros. É um bom editor de textos e imagens. Quero dizer, seria. Seria, se não desse tanto problema. Linhas que se quebram sem motivo, imagens que somem ou ficam menores ou maiores sem a nossa autorização. Nele, tudo é feito em caixas. Caixa pra imagem, caixa pro texto, caixa pra caixa, uma caixatice só.
Finalizando minha lista de vítimas para hoje, cito as taletas! Quem é professor, deve conhecê-las. No velho e bom diário de classe, existem dois ou três lugares para se colocar notas de alunos. Além disso, geralmente entregamos um folha com todos os dados. Mais a taleta. A taleta nada mais é que uma invenção do capeta para deixar os professores loucos. Ela não passa de um pedaço quadriculado de papel contendo o número do aluno, notas e quantidade de faltas. Só. Nada mais relevante. Ela não é segura, afinal, não contém o nome do aluno, apenas o número. É repetitiva, porque como já foi dito, entregamos mais três cópias com as notas e faltas dos estudantes. Então, a grande pergunta é: qual o motivo dela?
Pois é. Sigo agora para minha rotina diária: Taleta, MAC, InDesign. Bom dia!

APS, 08/10/2014

terça-feira, 7 de outubro de 2014

O BIMESTRE QUE NOS FALTA


Quem vive no universo da educação sabe que este é o momento crucial do ano letivo. A grande virada do 3º para o 4º bimestre. Em geral, uma época de turbulência tanto para professores quanto para alunos, intensificada em 2014, ano de copa e de eleições.
Para a educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental, é a hora do desapego, da despedida. É a hora em que criamos a consciência de que, ano que vem, daremos um passo adiante na estrada de nossa vida escolar, rumo a desafios maiores.
Nos anos finais do ensino fundamental, é a hora em que corremos atrás das notas perdidas e, finalmente, levamos a sério nosso estudo (nem todos, é verdade), rumo à maturidade.
No ensino médio, é quando reforçamos nossa maturidade e nos preparamos para avida a adulta, principalmente no último ano, em que essa passagem é marcada por Enem, vestibulares, entrevistas de emprego, etc.
No ensino superior, geralmente é a hora em que arrancamos os cabelos de desespero com tanto trabalho e prova para fazer.
Contudo, dezembro não tarda, e com ele, as felicidades natalinas e a perspectiva de que o próximo ano será bom.
Portanto, mais do que uma simples virada de 3º para 4º bimestre letivo, outubro é a época da preparação. Preparação para uma mudança que todos nós esperamos, queremos e precisamos passar na virada de ano.
Sigamos.

APS, 07/10/2014

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

A MERDA QUE FIZEMOS!!!


Depois de manifestações que encheram o saco e pediam a mudança do país, mandamos para o segundo turno, pela milésima vez, PT e PSDB. Fala sério! Que merda foi essa? Que mudança foi essa que tanto pedíamos? O resultado das eleições de ontem mostra que, sim, as manifestações de 2013 foram coisa de gente à toa, arruaceiros que só queriam matar aula, faltar ao serviço e aparecer na tv. Gente baixa, sem noção de civilidade que só estava esperando uma oportunidade para se exibir em cadeia mundial.
Essas mesmas pessoas sem noção perderam a oportunidade de ontem, colocar o Brasil em outro rumo. De vislumbrar o novo. Essas mesmas pessoas fizeram com que o Brasil voltasse no tempo e para corrigir esse erro, teremos que esperar quatro anos.
Aécio ou Dilma? Dilma ou Aécio? Parece piada. Os dois serão péssimos, vença   quem vencer. A história confirma que segundo mandato não faz bem pra ninguém. E Aécio? Tivesse sido candidato e eleito em 2010, poderia ter tido um governo, mas agora? Não será.
Tanto Dilma quanto Aécio entrarão no governo com a imagem saturada por escândalos mal explicados e sem o vigor que o Brasil precisa para dar o impulso que tanto merecemos.
Esta foi a merda que fizemos ontem. Cagamos no futuro do nosso país. E o pior: não temos papel higiênico para limpar.

APS, 06/10/2014

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

“MALUCOS: A NOSSA VIDA É DAR BANDEIRA...”


Escolhi iniciar o texto de hoje citando a música de Rita Lee e Roberto de Carvalho, pois ela retrata o que foi visto ontem no último debate presidencial antes das eleições deste domingo.
É lamentável constatar a péssima qualidade daqueles que querem governar um país de proporções continentais. Dos sete “presidenciáveis” presentes, pouquíssimas foram as exceções dos que não “deram bandeira” de maluco perante às câmeras. E quando digo aqui, “maluco”, não me refiro a pessoas com problemas psicológicos nem a pessoas que “levam a vida numa boa” e são consideradas como tal. Refiro-me aqui, a pessoas irresponsáveis, despreparadas, imaturas, mas que insistem em assumir o cargo de presidente da república.
Inicialmente, mesmo com todos os problemas que os acompanharam nas últimas semanas, apenas Dilma, Marina e Aécio souberam conduzir o debate. Em determinado momento, porém, ao ser questionado sobre o aeroporto público construído em terreno particular, Aécio perdeu as estribeiras. Ficou nervoso, desconversou e preferiu atacar os adversários ao invés de se explicar.
E, em geral, foi isso: ataque diretos aos adversários, enquanto as propostas de governo – verdadeiro motivo do debate – foram deixadas de lado.
Os embates diretos entre Eduardo Jorge, Levy Fidélix e Luciana Genro, penderam para o lado da comédia pastelão. Tivesse Willian Bonner umas tortas disponíveis, a bagunça teria sido geral. Em tom arrogante, Levy convocava seus adversários para o embate, como se os estivesse desafiando para uma briga de porta de escola. Até meus alunos são mais elegantes na hora de brigar!
Eduardo também não ficou para trás e, vez ou outra dava as suas “tiradas”. Luciana era outra “louca” no palco. Desde sua primeira fala – condenando os grandes veículos de comunicação por não darem espaço aos ‘pequenos candidatos’ – até sua fala final, agradecendo a Globo por ter lhe dado espaço para falar, ela foi incoerente em todos os momentos.
Interessante é perceber que a fala dos candidatos do PSOL é a mesma, em todas as instâncias. Os discursos de Luciana ontem foram os mesmos de Fidélis, candidato ao Governo de Minas, no debate de terça-feira.
Pastor Everaldo ficou como coadjuvante. Pouco fez, pouco falou, e pouco nos importa agora.
Voltando aos “grandes”, Aécio perdeu-se em divagações por várias vezes, esquivando-se de perguntas polêmicas.
Marina e Dilma, repito, mesmo com os vários problemas apresentados durante a campanha, conseguiram levar o debate a um nível minimamente aceitável. Coerentes em suas falas, apresentaram suas propostas e responderam às perguntas que lhes foram feitas. Se uma está menos ou mais preparada que a outra para assumir a cadeira da presidência, sinceramente, não deu para perceber.
O triste foi chegar à uma e meia da manhã com a sensação de que, em geral, nenhum dos candidatos está, de fato, preparado para o cargo. E que temas importantes com cultura, educação, saúde e segurança ou não foram citados ou foram e deixados em segundo plano e que o debate final, que era o momento de sabermos as intenções reais de cada candidato, virou um cenário para lavação de roupa suja.
APS, 03/10/2014

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

RETA FINAL


Chegamos à reta final das campanhas eleitorais. Ainda teremos que aturar a chatice do horário eleitoral gratuito até amanhã, mas as discussões entre os candidatos terminam hoje à noite, quando for ao ar o último debate televisionado antes da votação.
É agora que temos que tomar todo o cuidado. Será nossa última oportunidade real de avaliar cada um dos concorrentes à presidência da república. A resposta para nossa escolha, muitas vezes fica presente nas entrelinhas: um gesto, um olhar, uma rápida gagueira quando um tema polêmico for tocado.
Não esperemos, porém, um debate esclarecedor, em que todas as nossas indagações a respeito do futuro do país sejam esclarecidas. Além de não dar tempo, em um programa de aproximadamente 90 minutos, os candidatos não são bobos (ou não deveriam ser), eles sabem exatamente em que terreno pisar quando forem fuzilar o adversário com suas perguntas. Eles sabem que o tiro pode sair pela culatra.
Enfim, que possamos ver e ouvir hoje à noite, boas e reais propostas que serão realizadas nos próximos quatro anos, mas que nos impactarão positivamente por muito tempo.
E, para finalizar, vale a pena relembrar um texto escrito há quatro anos, exatamente um dia após o último debate, aqui no blog APS (ver sexta-feira, 1º/10/2010). Na ocasião, eu disse que os candidatos à eleição precisavam de um mapa, pois todos erraram a localização do debate – o debate ocorrera no Rio de Janeiro e sem exceção, os candidatos sempre afirmavam estar em São Paulo -. Critiquei também os tropeços na língua portuguesa. Por coincidência, o texto também se chamava “Reta Final”. Espero que sejamos poupados dos micos de quatro anos atrás...
APS, 02/10/2014

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

POBRES ELEITORES


Péssimos candidatos! No último debate realizado antes das Eleições 2014, o que se viu ontem na tv foi um verdadeiro show de horrores por parte dos candidatos a governador de Minas Gerais.
Apesar de já terem passado por uma maratona de debates e entrevistas durante a campanha, os que pedem nosso voto mostraram-se confusos, vagos e deram a sensação de que não estão preparados para assumir o cargo a que competem.
A impressão que deu é que Tarcísio Delgado e Fidélis são loucos. Completamente sem noção, os dois candidatos foram responsáveis pelos momentos hilários do debate. Seria ótimo se fosse um programa de comédia, mas não era.
Tarcísio, em meio a divagações sem lógica, estourou o tempo algumas vezes e perdeu-se em comentários infundados. Em determinado momento, começou formulando uma pergunta sobre educação e terminou falando de saúde. Foi corrigido pela apresentadora e teve que refazer a indagação sob o olhar risonho de Pimentel.
Fidélis foi contra tudo e todos. Completamente despreparado acusou os demais candidatos de diversas coisas, mas não apontou soluções práticas para nenhuma.
Pimenta da Veiga foi um coadjuvante boa parte do debate. Também protagonizou momentos risíveis, como na hora em que deveria questionar Pimentel e ficou 25 segundos remexendo em folhas de papel, sob o olhar pasmo da apresentadora e dos telespectadores.
A boa exceção foi Pimentel, que soube conduzir a parte que lhe cabia de maneira tranquila, sem maiores gafes, como seus concorrentes.
O que nos reserva o futuro?

APS, 1º/10/2014