quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

893

893
Fabrício M. Mello
O que vem a sua mente quando você vê uma tatuagem? Uma forma de lembrar algo muito especial, como uma declaração de amor, sendo ela feita para os pais, filhos ou amores que logo se esvaem? Mas o que pensamos quando vemos uma pessoa com o corpo todo tatuado? Ele é louco, um revoltado querendo que a sociedade o veja? Parece até normal essas conclusões para os brasileiros, que vivem em um país liberal. Agora para um japonês, tatuagem significa "YAKUZA", significa medo , pânico, terror.
Para quem não conhece a Yakuza, ela é uma das maiores mafias criminosas do mundo, com aproximadamente 80.000 membros, para se ter uma ideia, a Yakuza controla quase todo o crime japonês, desde a prostituição até a cobrança de dinheiro de grandes empresas. Sua principal marca é o corpo todo tatuado ou com apenas uma listra sem nada no meio, que serve tanto para o corpo respirar como para disfarçar quando se utiliza o Quimono (uma vestimenta tradicional japonesa utilizada por mulheres, homens e crianças).
O nome Yakuza vem da pior mão de um tradicional jogo de cartas japonês 8=YA 9=KU 3=ZA e significa perdedor ou perdendo a mão. Os yakuza eram soldados japoneses que tinham como principal objetivo proteger seus superiores. Com o fim das guerras feudais e vendo que já não tinham mestres e, por isso, eram ameaçados de banimento, resolveram fugir para os grandes centros urbanos, entrando no mundo do crime.
A estrutura da Yakuza lembra a de uma família, onde se tem o OYA BUN que é o chefe da organização (Pai) e os KOBUN (Fihos), como em toda familia nessa também existe os filhos mais velhos (superiores) e os mais novos (iniciantes). Para se entrar na Yakuza primeiro é preciso passar por um ritual, onde se toma saquê (uma bebida fermentada tradicional do Japão, fabricada pela fermentação do arroz) com o OYA BUN. O único modo de se desculpar dentro da Yakuza é cortando a falange do dedo mindinho, pois sem ele não se pode manejar perfeitamente uma espada, que é a principal arma dos samurais japoneses. Agora para sair da Yakuza tem que apresentar ao líder os dedos das mãos.

Com a modernização, a Yakuza vem perdendo espaço, principalmente nos estúdios de tatuagens: antes, de 10 pessoas cerca de 9 eram da Yakuza. Hoje, esse número está mais equilibrado, pois de 10 pessoas, cerca de 5 são Yakuza e 5 pessoas normais. O grupo também vem sofrendo com o avanço da tecnologia, pois os novos membros já não querem marcar seus corpos com o TEBORI (principal método de tatuagem japonês, que consiste em uma  agulhas de aço enrolada na ponta de um  bambu) por ser muito doloroso.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

STEPHEN KING: DA LITERATURA AO CINEMA Parte 1 - CUJO: DE COMO UM SIMPÁTICO SÃO BERNARDO SE TRANFORMOU NO CÃO DO DIABO

STEPHEN KING: DA LITERATURA AO CINEMA
Parte 1
            UM DOS AUTORES mais populares das últimas décadas é, sem dúvida, Stephen King. Desde o seu primeiro romance, “Carrie”, King já dava mostras do estilo literário que o consagraria nos anos seguintes: terror psicológico, terror sobrenatural e dramas familiares.
            Praticamente, todas as suas obras possuem os elementos acima citados. Embora seja classificado como um “autor de suspense e terror”, King vai além, apresenta elementos que ultrapassam os limites do “simples sobrenatural” e penetra no psicológico. Ao observarmos com atenção suas obras, percebemos que o terror acaba ficando em segundo plano. Conflitos familiares, bullyng e problemas sociais são os destaques de seus textos.
            É claro que, transferir esses elementos para o cinema e a tv poderia ser complicado e, talvez, perigoso. São elementos que, geralmente, são difíceis de serem entendidos e, por isso, poderiam não trazer o sucesso almejado para as produções audiovisuais.
            Desta forma, nas adaptações o terror prevalece. Selecionei algumas obras literárias de SK que foram adaptadas para a telona (ou telinha) e vou apresentá-las, semanalmente aqui. Sugestões são bem vindas.
            Pra começar:
CUJO: DE COMO UM SIMPÁTICO SÃO BERNARDO SE TRANFORMOU NO CÃO DO DIABO
            Cães são animais fofos. Crianças são seres fofos. Quando um filme reúne cães e crianças, a diversão é garantida. Geralmente são “filmes família”, nos quais o riso está presente dos créditos iniciais aos créditos finais.
            Mas se a obra em questão tiver saído da mente criativa e psicótica de Stephen King, provavelmente as cenas não serão, assim, tão “família”.
            No caso de CUJO, livro que SK escreveu em princípios dos anos 1980 e que virou filme, pelas mãos do diretor Lewis Teague, em 1983 a teoria se confirma.
            Tudo começa quando um simpático São Bernardo (anos-luz antes de Beethoven se transformar no mascote que toda família gostaria de ter) persegue um também simpático coelho por um – droga, por que não dizer, simpático jardim? – É isso aí. Tudo no começo do filme é simpático: o cenário, a luz, a trilha sonora, o coelho, o cachorro...
            O cão segue atrás do coelho até um tronco oco, passa por um laguinho e ambos chegam à uma caverna. Lá, um morcego morde o cachorro. A simpatia termina aí.
            Lentamente, e sem que a família perceba, o cão vai se modificando. A mordida do morcego lhe transmitiu raiva e ele vai ficando agressivo e... gosmento.
            Paralelo a isso, uma segunda família aparece na história: um jovem casal com um filho pequeno, leva o carro para o dono de Cujo consertar. A criança se afeiçoa por “Cujo pós-mordida mas ainda pré-raiva”.
            À medida que Cujo vai se transformando, essa segunda família também se modifica: é descoberto um caso extraconjugal da esposa.
            Com o casamento por um fio, outro problema se abate sobre o patriarca: a empresa para a qual trabalha sofre uma crise financeira e ele deve viajar imediatamente. É a deixa para o mal presente nas obras de King agir.
            Temos aí o conflito familiar, o conflito psicológico, faltava o terror – praticamente – sobrenatural.
            Com o marido viajando, a mulher leva o carro até o conserto. Chegando lá, é recebida por ninguém menos que... Cujo. O cão parece possuído por uma força maligna, muito além da raiva transmitida pelo morcego.
            O ex-simpático São Bernardo ataca o carro de todas as formas possíveis, fazendo com que mulher e filho se tornem seus reféns.
            Vários dias se passam e a polícia começa a investigar o sumiço dos dois.
            O final... bom, veja o filme. Ah! E leia o livro. Você vai entender como o simpático São Bernardo se transforma lenta e gradativamente no cão do diabo...
-Próxima Quarta: Carrie

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

O MACACO E A GAIVOTA:

O MACACO E A GAIVOTA:

     Conforme anunciado ontem, a novela "Caras e Bocas" teve seu início antecipado do dia 20 para o dia 13 deste mês. Pela primeira vez, a Globo vai exibir duas novelas no "Vale a Pena Ver de Novo".
     A prática de compactar duas obras em apenas uma faixa da grade de programação é inédito na emissora, mas é comum em outras como, por exemplo, o SBT. E vem da emissora paulista a explicação para a Globo fazer isso: É que o canal de Sílvio Santos começa a reprisar dia 20, às 14:30, a novela "Café com Aroma de Mulher", a trama de 1995 foi sucesso no SBT no final dos anos 90 e princípio dos anos 2000. A personagem principal, Gaivota, prendia a atenção dos telespectadores com seus dramas. Enfim, mesmo repetida, terá os seus fãs. O mesmo acontece com Caras e Bocas, protagonizada pelo, entre outros, chimpanzé Xico.
     Para quem assistiu as duas tramas, seria difícil escolher dia 20, às duas e meia da tarde, qual novela rever. Provavelmente, a história da Gaivota, mais antiga e mais "esquecida", levaria a melhor. Para não correr esse risco, a Globo antecipou a história do Xico, assim, será mais fácil, na fatídica segunda dia 20, escolher entre uma novela a que você já assistiu cinco capítulos - e, portanto, já se enturmou - a outra novela que você ainda terá que se adaptar.
     Se der certo, é provável que o formato vire regra e as próximas sessões do "Vale a Pena Ver de Novo" sejam, pelo menos na semana final de uma novela e inicial de outra, duplas. Se der errado, pelo menos a tentativa de algo inédito na "faixa das reprises" foi válida. Já o vencedor do duelo entre O MACACO e A GAIVOTA... bem, isso são CENAS DOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS...

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

CINEMA: PRIMEIROS DO ANO

CINEMA: PRIMEIROS DO ANO
            TRADICIONALMENTE, SEXTA-FEIRA é dia de estreias cinematográficas. Nesta sexta, primeira de 2014, alguns filmes prometem agitar as salas de cinema país afora. Confira quais são os primeiros longas do ano:
            FROZEN – UMA AVENTURA CONGELANTE (EUA – 2013) Um alpinista e uma jovem resolvem acabar com o inverno eterno que existe no reino em que moram. Para isso, partem em busca da Rainha da Neve. A animação da Disney promete ser o primeiro grande sucesso do ano.
            MATARAM MEU IRMÃO (Brasil – 2012) Documentário sobre a morte do irmão de Cristiano Burlan, diretor do longa.
            A FLORESTA DE JONATHAS (Brasil – 2012) Uma jornada transformadora começa quando dois irmãos da área rural do Amazonas resolvem acampar com um índio local e uma turista da Ucrânia.
            EU NÃO FAÇO A MENOR IDEIA DO QUE EU TÔ FAZENDO COM A MINHA VIDA (Brasil – 2011) Clara não sabe o que fazer da vida. Cursa medicina sob pressão dos pais. Certo dia, ao fugir da aula, encontra um rapaz que a ajudará a encontrar u m rumo.
***

            Além dessas estreias (com o cinema nacional em peso), duas pré-estreias animam as salas de cinema: o também brasileiro “Confissões de Adolescente” e o primeiro terror do ano: “Atividade Paranormal – Marcados Pelo Mal”.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Torcedores ou animais?

Torcedores ou animais?
Não é nada difícil esconder esse sentimento de revolta, ver pessoas brigando por times e jogadores que nem sabem que eles existem. Será que isso é amor? Não, pois na carta de Paulo aos Coríntios, na Biblia Sagrada (principal livro do cristianismo) ele diz: "Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal". Se o amor é tudo isso, se ele não se irrita, se ele não suspeita o mal, será mesmo que esses "torcedores apaixonados" são mesmo torcedores? Ou apenas vândalos que vão aos estádios simplesmente com a vontade de brigar?
Na verdade, essas pessoas deveriam ser taxadas como animais, não, animais não, pois animais não atacam os outros sem um motivo específico. Eles atacam apenas quando se sentem ameaçados. Mas, espere ai, os times desses torcedores estavam ameaçados de rebaixamento, de disputar a Série B este ano, mas e daí? Será que um rebaixamento, um ano jogando uma liga menos conceituada, vale a vida de um ser humano? Realmente são perguntas que não deveriam ser feitas, pois possuem respostas óbvias.
Outro assunto a ser discutido é "Será que esse país está preparado para receber dois dos maiores eventos desportivos do mundo?", se continuar desse jeito, simplesmente o país vai passar uma vergonha,  pois se na competição  nacional  que acontece todos os anos, existem esses incidentes, imagina na Copa do Mundo que acontece apenas de quatro em quatro anos. Não estou querendo dizer que esse problema é apenas do Brasil, pois acontecem em quase todos os países, o que estou querendo dizer é que esse problema não é novo e que não é uma surpresa. Estou querendo por meio dessa criticar os    "animais" que brigam, os governos que dizem que vão resolver e acabam esperando esquecer tudo. Até quando isso irá existir? Até alguém morrer? Se for isso, já podem se preparar, pois parece que não vai demorar muito para isso acontecer.

                                                                                                                          Fabrício Monteiro

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

DRAMAS DE NOVEMBRO

DRAMAS DE NOVEMBRO
Antônio Pedro de Souza

Todo ano é a mesma coisa. Chega janeiro e fazemos um monte de planos, metas e projetos: vou estudar mais, vou fazer dieta, vou viajar, vou reformar a casa, vou tirar carteira, vou fazer academia, vou me casar, vou ter um filho, etc, etc, etc...
Mas aí, mal passa o ano-novo e nos esquecemos das promessas.
Primeiro, porque janeiro é mês de férias. Se está todo mundo de férias, por que justo eu tenho que fazer algo?
Aí vem fevereiro e... carnaval. Ah! O ano só começa após o carnaval mesmo. Então, depois da festa do rei Momo eu começo.
Chegam então março e abril. E aí é Quaresma, Páscoa e um monte de Datas Comemorativas. É até pecado pensar em fazer alguma coisa nesta época do ano.
Maio, nem se fala. Tem o Dia do Trabalhador em que ninguém trabalha e o Dia das Mães. É uma correria só. Não dá para pensar em mais nada.
Junho chega trazendo o gostinho da canjica, da pipoca, do quentão... ih! Não dá pra pensar em tocar nenhum projeto.
Julho é mês de... Férias!!! Bom e merecido descanso...
Agosto se parece com maio porque tem o Dia dos Pais. Setembro tem a Independência e outubro, recesso para o Dia das Crianças.
Aí chega novembro de levamos um susto! Não é que passou o ano e não encaminhamos nenhum dos nossos projetos? Até tentamos correr para adiantar uma ou outra coisa mas... estamos preocupados com as festas de fim de dezembro e acabamos empurrando com a barriga tudo para o próximo ano. Ano-Novo, Vida Nova, PROBLEMAS VELHOS!!!
Chega! Não façamos mais isso! Vamos mudar nossa atitude agora! Ano-Novo, Vida Nova, SOLUÇÕES NOVAS!!!
Façamos projetos e procuremos concretizá-los. Comemorar, festejar, descansar é muito bom e importante. Mas não deixemos de lado nossas obrigações. Estudemos, trabalhemos... vamos pegar com toda força e entusiasmo desde o princípio. Assim, quando percebermos, teremos nossas tarefas cumpridas e poderemos descansar. Sem os famosos Dramas de Novembro, que nos fazem sentir uma profunda dor na consciência por não termos agido a tempo.
Foi dada a largada. Logo avistaremos a linha de chegada. Vamos lá?