E AGORA?

E AGORA?

E agora?

Dois mil e treze chegou,

O carnaval já passou

E o prefeito ainda não pagou...

Aliás, não só pagou como também cortou!

Cortou benefícios,

Cortou festas públicas

Mas não cortou seus gastos pessoais faraônicos.

E agora?

Agora quem paga a conta é o funcionário

Mas nem dinheiro para pagar a conta

O funcionário tem

Afinal, o prefeito ainda não pagou o que devia.

E assim,

Iniciamos o primeiro dos quatro anos

Das vacas magras

Dos mandos e desmandos

Das mentiras deslavadas

Parece até profecia bíblica

Mas na verdade é só uma maldição

Jogada em nossa cidade

No último mês de outubro.

Dizem que Gato Preto,

Espelho Quebrado

Passar embaixo de escada

Tudo isso dá azar.

Votar errado

Dá mais azar que isso tudo

Porque não são sete dias

E sim, quatro anos.

E agora?

Agora aguentemos

Os quatro anos apenas

Começaram...

E agora?

Antônio Pedro de Souza (parafraseando Carlos Drummond de Andrade)

Quarta-Feira de Cinzas, 13/02/2013