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Anjo Mau, Laços de Família, Carinha de Anjo, Escrava Mãe e Êta, Mundo Bom! foram destaques entre inéditas e reprises |
Ano
foi turbulento para os principais horários, mas trouxe agradáveis surpresas em
muitas faixas
O
ano de 2016 está chegando ao fim e, a exemplo de 2015, o Blog APS lista abaixo as principais novelas exibidas na TV
Brasileira – aberta e fechada, entre títulos inéditos e reprises.
22ª
- A Usurpadora (Reprise) – SBT
A
novela mexicana de grande sucesso no Brasil foi anunciada mais uma vez para
2016. Embora tenha causado alvoroço quando o anúncio foi feito, não atingiu a
audiência esperada e será editada para terminar mais cedo. Mesmo assim, é uma
obra que vale a pena ser revista...
21ª
– Sila, Prisioneira do Amor (Inédita) – Band
Novela
turca exibida pela Band, não manteve o interesse dos espectadores que sua
antecessora, Fatmagül, criou. Mesmo
assim, vale pelo diferencial da trama e da aposta da emissora em voltar a
exibir novelas – mesmo que não sejam produzidas no Brasil, como as suas
concorrentes fazem.
20ª
– Mulheres de Areia (Reprise) – Viva
A
novela é ótima, mas há um porém: o número de reprises em poucos anos. Sucesso
entre 1993 e 1994 na Globo, foi reprisada duas vezes no Vale a Pena Ver de Novo,
sendo a última em 2012. Assim, quando estreou no Viva, ainda tínhamos a impressão
de que “vimos esta novela ontem”. Mesmo assim, não fez feio e valeu a pena
rever o embate entre Ruth e Raquel. Além do Tonho da Lua e suas esculturas de
areia. Só pra constar: a Rutinha é boa...
19ª
– Meu Bem, Meu Mal (Reprise) – Viva
Excelente
novela, mas que se torna confusa com o passar do tempo – e os problemas
técnicos que ocorreram durante sua produção. Valeu a reprise pelo tempo em que
a obra ficou fora do ar. E a cena final é de encher os olhos e os ouvidos.
18ª
– A Regra do Jogo (Inédita) – Globo
Cerca
de um ano depois de o personagem vivido por Alexandre Nero morrer no último
capítulo de Império (2013/2014),
outro personagem defendido pelo ator morria no desfecho de A Regra do Jogo (2015/2016). A crítica não gostou da novela, o público
torceu o nariz e eu... adorei! Sério, mesmo! Não foi o melhor título de João Emanuel Carneiro, mas achei uma
trama excelente, cheia de reviravoltas, mistérios e com uma trilha sonora que
casava com as cenas. Pena não ter feito sucesso.
17ª
– Fatmagül (Inédita) – Band
Outra
novela turca exibida pela Band, Fatmagül
não fez feio. Conquistou o público cansado de ver matérias sobre escândalos
políticos que pipocavam nos jornais exibidos no mesmo horário.
16ª
– Malhação: Pro Dia Nascer Feliz (Inédita) – Globo
A
atual fase de Malhação começou
despretensiosa, com paisagens atraentes e sem uma grande tragédia, como
aconteceu na temporada anterior. No entanto, a trama vem crescendo nos últimos
meses e agradando ao público. Com o fim previsto para abril, tem tudo para ser
uma das temporadas mais agradáveis da tradicional novela juvenil da Globo...
15ª
– Haja Coração (Inédita) – Globo
A
crítica torceu o nariz para o final, o público torceu o nariz para o final... e
eu gostei! De novo!!! Achei que a Tancinha fez a escolha certa ao ficar com
Apolo no fim da trama. Leve, despretensiosa e uma releitura do clássico Sassaricando, Haja Coração foi uma das agradáveis surpresas de 2016.
14ª
– Pai Herói (Reprise) – Viva
Novela
com texto e fotografia impecáveis. O lançamento no Viva coincidiu com o lançamento
em DVD da obra de Janete Clair e,
embora tenha sido produzida no fim da década de 1970, apresenta um ar mais
“clássico” que outra obra de Janete do começo daquela década: Irmãos Coragem que, mesmo em preto e
branco, apresentava tramas mais ágeis e “modernas” para a época. Pai Herói é, simplesmente, uma delícia
de novela, daquelas gostosas de se acompanhar, capítulo a capítulo. Ótima
escolha da emissora.
13ª
– A Gata Comeu (Reprise) – Viva
Trama
ágil e divertida do meio dos anos 1980, A
Gata Comeu é uma refilmagem de Barba
Azul, exibida em 1975, na TV Tupi. A própria autora, Ivani Ribeiro, assinou a refilmagem. A última vez em que foi
exibida na TV brasileira foi em 2001, no Vale
a Pena Ver de Novo (Globo). Vale a pena rever pelo texto, elenco e trilha
sonora.
12ª
– Torre de Babel (Reprise) – Viva
Ótima
trama policial de Sílvio de Abreu
exibida em 1998 (e nunca reprisada no Brasil até agora), Torre de Babel segue a linha adotada pelo autor em A Próxima Vítima (1995), porém com mais
polêmicas e problemas que a antecessora. Na época, o público não gostou do
excesso de violência exibido nos primeiros capítulos e a trama perdeu
audiência. Depois de reformulada, ganhou novo fôlego mantendo sucesso até o
fim. O grande mistério da novela é descobrir quem explodiu o Tropical Tower Shopping,
popularmente chamado de... “Torre de Babel”.
11ª
– Malhação 2004 (Reprise) – Viva
Quando
foi exibida em 2004, tornou-se a minha “primeira” Malhação. Explico: até então,
desde a estreia do programa em 1995, eu via alguns episódios e acompanhava algumas
tramas. No entanto, a temporada 2004 foi a primeira em que assisti do começo ao
fim ainda comprei a trilha sonora. Quando estreou no Viva, em 12/10/2015,
fiquei ansioso para rever Gustavo, Letícia, Natasha e outros personagens que
fizeram parte da minha adolescência. A temporada, recheada de tramas paralelas,
detém o recorde do “episódio com maior audiência da história de Malhação”,
ocorrido quando uma fã psicopata da Vagabanda tenta matar a personagem Letícia,
empurrando-a do alto de um prédio. Valeu a pena rever os capítulos no Viva.
10ª
– Malhação 2005 (Reprise) – Viva
Malhação 2004
foi a minha “primeira Malhação”, teve o episódio com maior audiência e ainda
trazia a ‘Vagabanda’. Mas, para mim, Malhação
2005 foi a melhor. Entre outros motivos, foi a temporada que marcou a
despedida do carismático ‘Cabeção’, trouxe novos ares à república dos
estudantes e tinha uma trilha sonora inesquecível. Quando foi exibida
originalmente, em 2005, a novela completava 10 anos no ar, e a Globo lançou o
CD Malhação 10 anos, com as
principais músicas nacionais do programa, entre elas, “Te Levar Daqui”, do Charlie
Brown Jr. – tema de abertura da temporada em questão e “Assim Caminha a Humanidade”, de Lulu Santos, primeiro tema de abertura da novela. Hoje, revendo no
Viva, percebo que a Betina é bem mais insulsa do que eu imaginava. Mesmo assim,
continuo torcendo por ela e pelo Bernardo, já que percebi que a Jaqueline
também é bem mais traíra do que eu imaginava...
9ª
– Velho Chico (Inédita) – Globo
Amei
esta novela. Tragédias à parte, o texto, a fotografia e o elenco formavam um conjunto
que teria tudo para fazer de Velho Chico
um fenômeno de audiência, mas o público não aprovou a segunda fase, que só
engrenou após vários ajustes. Ainda assim, Velho
Chico foi uma das melhores tramas do ano, com uma trilha sonora que tinha
tudo a ver com a história. Infelizmente, duas mortes afetaram a produção: a do
ator Umberto Magnani, no princípio
da trama, e a do ator Domingos Montagner,
a menos de um mês do encerramento do folhetim.
8ª
– Rocky Story (Inédita) – Globo
A
nova trama das sete mistura música, romance policial e amor em nuances que a deixam
ágil e leve. Do drama da moça que tenta escapar de traficantes internacionais
(sem imaginar que a própria irmã é a mandante de tudo) ao cantor que tenta
provar a autoria de uma música, incluindo o encerramento de cada capítulo, em
que os personagens são “transformados” em capas de discos, Rocky Story é uma das melhores novelas do período.
7ª
– Cheias de Charme (Reprise) – Globo
Embora
tenha causado estranhamento o fato de ser reprisado um título tão recente (apesar
de que isso acontece com mais frequência do que imaginamos), Cheias de Chame manteve os bons índices
da faixa vespertina da Globo, que havia caído de O Rei do Gado para Caminho
das Índias e subido para Anjo Mau.
A trama cômica e o texto leve dão o tom da história centrada nas três Marias
que, de domésticas, passam a popstar.
6ª
– Cúmplices de Um Resgate (Inédita) – SBT
Mais
de um ano no ar não esfriou, ao contrário, esquentou o público nas noites do
SBT. Baseada na novela mexicana já exibida pela emissora, Cúmplices de um Resgate mostrou o amadurecimento do SBT ao apostar
em novelas infanto-juvenis. Uma aposta que deu certo!
5ª
– Carinha de Anjo (Inédita) – SBT
Também
inspirada em tramas estrangeiras, uma delas já exibidas pela emissora de Sílvio Santos no começo do século, Carinha de Anjo conquistou o público
logo de cara! (desculpem o trocadilho) e tem tudo para ser um dos grandes
sucessos da emissora.
4ª
– A Escrava Mãe (Inédita) – Record
Saindo
um pouco do nicho “novela bíblica”, marca da emissora e que tem dado bons
resultados, A Escrava Mãe volta no
tempo para uma história pré-‘Escrava Isaura’ e, só pela referência, já vale a
pena ser vista. Texto, elenco e fotografia completam as qualidades.
3ª
– Anjo Mau (Reprise) – Globo
Uma
das reprises mais agradáveis do ano, Anjo
Mau veio para elevar os índices de audiência da tarde, que haviam subido
com O Rei do Gado e caído com Caminho das Índias. No começo, a
reprise não decolou e chegou a ser veiculada a notícia de que a Globo
anteciparia o seu fim, colocando capítulos maiores e dando uma “tesourada” para
encurtar a trama. No entanto, isso só seria feito após as Olimpíadas, já que no
período esportivo, a trama não era exibida todos os dias. Pouco antes, porém, o
drama de Nice e Rodrigo reconquistaram o público, a novela não foi encurtada e
terminou com a audiência dentro do esperado, passando o bastão para a também
bem sucedida Cheias de Charme e que,
já se sabe, será substituída por outra campeã de audiência: Senhora do Destino, provavelmente, a
partir de fevereiro.
2ª
– Laços de Família (Reprise) – Viva
Sem
dúvidas, a melhor reprise do ano! A luta de Helena para salvar a filha Camila.
Os vários romances que se formaram e se desfizeram durante a trama e os
diversos núcleos que transitaram da comédia ao drama, deram o tom a uma das melhores
novelas de Manoel Carlos. O tempo
também contribuiu: exibida originalmente em 2001/2001 e reprisada apenas uma
vez, em 2005, Laços de Família ficou
muito tempo longe dos fãs e, por isso, sua volta agradou demais. Uma
curiosidade: com exceção de Malhação,
é a primeira novela pós-ano 2000 exibida pelo Viva.
1ª
– Êta, Mundo Bom! (Inédita) – Globo
Excelente
texto de Walcyr Carrrasco que voltou
ao horário (18h) e ao gênero (novela de época) que se tornaram marcas
registradas do autor na Globo. Inspirada no filme Candinho, de Mazzaropi,
a trama mostrava a luta de Candinho (Sérgio
Guizé) em busca de sua mãe e, depois, a luta dos dois para se livrar das
armações de Sandra, uma das grandes vilãs da novela. No ar entre 18 de janeiro
e 27 de agosto, a novela teve 191 capítulos, considerada longa para o horário e
manteve bons índices de audiência do começo ao fim. Algumas curiosidades valem
nota: o CD com a trilha sonora foi lançado cerca de um mês antes da novela, em
meados de dezembro de 2015. O ator Marco
Nanini, que ficara anos como Lineu de A
Grande Família, interpretou os irmãos Pancrácio e Pandolfo, sendo que
Pancrácio dava vida a diversos outros personagens dentro da novela. A obra
contou ainda com uma rádio novela que os personagens ouviam sempre e que o
público pôde ter acesso no site da Globo. Além disso, seguindo uma tradição dos
rádios e dos primeiros anos da TV, a frase “Rede Globo Apresenta... Êta, Mundo
Bom!” era dita no começo de cada capítulo. Ao término do último capítulo, a
frase dita foi: “Rede Globo Apresentou... Êta, Mundo Bom!”.
O
autor Walcyr Carrasco também prestou uma homenagem a Mazzaropi no fim da novela.
Com
personagens marcantes, trama fácil de acompanhar, mas rica em detalhes, Êta, Mundo Bom! entra para o rol das
melhores novelas da TV brasileira. E, simplesmente, a melhor de 2016.
***
Prévia
de 2017:
Entre
os títulos programados para 2017, merecem destaque Novo Mundo, prevista para o horário das 18h na Globo e as reprises
de Senhora do Destino (fevereiro, no
“Vale a Pena Ver de Novo”) e A Padroeira
(em abril, às 19:30 e 22:30) na TV Aparecida). Vale a pena aguardar...