terça-feira, 27 de março de 2018

Versatilidade: Orquestra Ouro Preto completa 18 anos, torna-se residente do Sesc Palladium, anuncia programação e lança cerveja


Eliane Parreiras, Gerente Geral de Cultura do Sesc em Minas Gerais; Rodrigo Toffolo, Maestro Regente da Orquestra Ouro Preto; e Janaína Cunha, Gerente de Cultura do Sesc Palladium
Foto: Antônio Pedro de Souza/Site Feira Cultural


Maestro Rodrigo Toffolo apresentou as novidades da temporada esta semana



            DIÁLOGO. Esta palavra resume o espírito da Orquestra Ouro Preto no momento em que ela completa 18 anos. Há diálogo entre ritmos, compositores, culturas e na expansão do conceito da própria orquestra que, ao chegar à maioridade, passa a dar nome a uma cerveja artesanal.
            E foi com um agradável diálogo que o maestro Rodrigo Toffolo apresentou as novidades da temporada 2018 na terça-feira, 13 de março, durante um café da manhã na nova casa da orquestra.
            A parceria firmada com o Sesc garantiu à Orquestra 10 espetáculos já agendados até o fim de 2018, porém, como ressaltaram Toffolo e Eliane Parreiras, gerente geral de cultura do Sesc em Minas, há espaço para novas apresentações e projetos no decorrer deste período.
            Eliane, aliás, disse que ter a Orquestra como residente do Sesc é o amadurecimento de uma parceria que já dá certo há anos: “Iniciamos essa trajetória com a Orquestra por meio da Série Domingos Clássicos há cinco anos e agora evoluímos. Isso, porque o Sesc e a Orquestra são múltiplos e se identificam nessa pluralidade, pois atendem a todo tipo de público, sempre oferecendo ações que se caracterizam pela excelência, diversidade  e compromisso em dar às pessoas novas oportunidades de conhecimento e fruição da cultura, nesse caso, principalmente da música.”
            Explicando a dúvida que surgiu sobre a nova “casa” da Orquestra, Rodrigo ressaltou que a sede continua sendo em Ouro Preto, mas que ser residente do Sesc Palladium significa que a orquestra terá um local fixo para seus ensaios e uma casa para apresentação constante, o que dá mais liberdade para novas criações e montagens. Rodrigo explicou também que, por meio de parcerias e patrocínios, a Orquestra Ouro Preto levará alguns de seus espetáculos para turnê nacional.
            Entre as novidades da temporada 2018, está a criação do Fala, Maestro!, momento de conversa entre o maestro e o público, sempre meia hora antes do espetáculo, de modo que o público possa tirar suas dúvidas e conhecer um pouco mais do que será apresentado naquele dia. 
CD "Orquestra Ouro Preto  - The Beatles - Volume 1" e a novidade da temporada: Cerveja Orquestra Ouro Preto" - Foto: Antônio Pedro de Souza/Site Feira Cultural

E a programação na nova casa já começa neste fim de semana. No domingo, 18 de março, haverá a estreia do espetáculo “Orquestra Ouro Preto – The Beatles Volume 2”, o projeto dá continuidade ao concerto lançado em 2014, que circulou o Brasil e integrou uma edição da International Beatle Week, evento inglês dedicado ao quarteto de Liverpool. Este volume 2 traz novas músicas, arranjos inéditos e mescla música erudita e popular. O cenário é assinado pelo artista plástico Rogério Fernandes.
            Já no dia 8 de abril, Alceu Valença sobe ao palco com os músicos da orquestra para o espetáculo “Valencianas”.
            No dia 13 de maio tem o “CPLP – Comunidade de Língua Portuguesa”, que mesclará ritmos e composições de países luso falantes, além de difundir a música contemporânea de concerto latina.
            Em junho haverá o lançamento do DVD “Música Para Cinema”. Gravado em Ouro Preto em 2017, o DVD mescla trilhas de produções cinematográficas nacionais e internacionais. Rodrigo salientou que, para a gravação, preferiu não interferir na rotina da cidade. Assim, segundo ele, não houve fechamento de ruas ou interdição de trechos, o que ajudou a compor a estética do material. “Enquanto a orquestra toca, um ônibus passa, a pessoa desce, ouve um pouco da música e segue para o seu trabalho. Era essa a interação que queríamos.” Disse.
            Dialogando com um dos maiores eventos esportivos mundiais, em julho a Orquestra Ouro Preto apresenta “A Rússia e o Brasil – A Música de Tchaikovsky e Villa-Lobos”. Em agosto, o diálogo será com a música do compositor mineiro Chico Mário no espetáculo “Ressurreição – Chico Mário 70 Anos”.
            Já em setembro, será a vez de “Quem Perguntou Por Mim: Orquestra Ouro Preto e Fernando Brant”. Há ainda espetáculo voltado para o público infanto-juvenil: em outubro, “O Pequeno Príncipe” é o ponto de partida da apresentação que usará o teatro de bonecos, a música de Tim Rescala e, claro, a regência de Rodrigo Toffolo numa apresentação que promete agradar todas as faixas etárias.
            Em novembro, o cinema ganhará destaque novamente com a orquestra tocando ao vivo durante a exibição do filme O Circo, de Charles Chaplin.
            E para encerrar a temporada 2018, os músicos da orquestra sobem ao palco para apresentar um emocionante Especial de Natal.
            No ano em que completa 18 anos de caminhada, a Orquestra Ouro Preto passará também pelo Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Farão parte da turnê nacional os espetáculos The Beatles Volume 2, Valencianas, Música Para Cinema e Pequeno Príncipe.
O Maestro Rodrigo Toffolo apresenta a Cerveja Orquestra Ouro Preto
Foto: Antônio Pedro de Souza/Site Feira Cultural
Antes de encerrar a apresentação das novidades da temporada, o maestro salientou a importância do crescimento da marca e anunciou o lançamento da Cerveja Orquestra Ouro Preto: “Isso aumenta esse diálogo com as pessoas mais jovens, pra ter a Orquestra em outras coisas...” A cerveja surgiu após uma parceria com a cervejaria Vinil e Rodrigo defende a ideia dessa expansão da marca: “Você chega em Viena, por exemplo, e traz de presente o Licor Mozzart”. Em tom de brincadeira, completa: “Se você tem o Licor Mozzart, não tem problema ter a cerveja Orquestra Ouro Preto... Nem a cachaça! Precisamos fazer um dia. Somos mineiros.”
            E para quem não é acostumado a cervejas fortes, uma boa notícia: o maestro ressalta que um de seus pedidos foi de que a cerveja fosse uma pilsen mais amena: “Eu gosto de uma cerveja, mas não consigo me adaptar ao gosto de uma cerveja muito forte. Então, pedi para que fosse uma cerveja mais suave para abranger um público maior.”
            Rodrigo ainda falou de um item que irá agradar os mais apegados à tecnologia: “Há um QRCode no rótulo da cerveja que direciona para a playlist da Orquestra no Spotify. Você pode tomar uma cerveja com os amigos enquanto escuta nossas músicas.”
            Com o fôlego mostrado na cerimônia de apresentação da programação 2018, a Orquestra Ouro Preto tem tudo para entrar em sua maioridade com o pé direito: boa música, bons projetos e a maturidade profissional de quem está sempre aberta ao diálogo.  

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